DÓLAR OPERA EM QUEDA E CHEGA A R$ 4,69 Economia by Bata Online - 0 O dólar opera em queda nesta sexta-feira (1), a caminho de nova desvalorização semanal frente ao real com a manutenção do fluxo da moeda para Brasil, enquanto investidores monitoravam a temores de recessão no exterior e os dados mais fracos do que o esperado do relatório de mercado de trabalho americano. Às 10h06, a moeda norte-americana recuava 1,25%, a R$ 4,6999. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 4,6904. Veja mais cotações. No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,57%, a R$ 4,7592, acumulando perda de 7,70% no mês de março. No trimestre, teve baixa de 14,63% frente ao real, a maior desde 2009 para o período. Como comprar dólar? Economistas sugerem de que forma o Brasil pode aproveitar melhor entrada de recursos no país O que está mexendo com os mercados? Na agenda econômica do dia, o IBGE divulgou mais cedo que a produção da indústria cresceu 0,7% em fevereiro, seguindo abaixo do patamar pré-pandemia. Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulga o relatório do mercado de trabalho americano, conhecido como “payroll”, relativo ao mês de março. Os preços do petróleo operam com pequenas variações nesta sexta, após terem recuado cerca de 5% na véspera, depois de o presidente Joe Biden anunciar a maior liberação de todos os tempos da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Na zona do euro, a inflação anual disparou a 7,5% em março, batendo nova máxima recorde e complicando a situação do Banco Central Europeu em meio a os preços elevados e a desaceleração do crescimento econômico. Na China, a produção industrial registrou o menor nível em dois anos no mês de março, em meio ao pior surto de covid-19 no país desde a primeira onda da pandemia. O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia. O movimento do dólar também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados. Em relatório mensal, o Rabobank destaca que vê uma continuação dos fluxos que vem favorecendo o desempenho do real no curto prazo “enquanto um novo sentimento de risco global importante não for acionado novamente e o spread entre as taxas de juros continuar apetitoso”, diz o documento. Entretanto o banco ressalta que os fundamentos permanecem frágeis e, internamente, “as perspectivas continuam desafiadoras, com o aumento incerteza sobre a política econômica durante o ciclo eleitoral iminente e um ambiente global de aperto monetário com maior aversão ao risco decorrente do cenário geopolítico”, favorecendo as forças depreciativas nos meses mais à frente. O Rabobank ajustou sua previsão do dólar no fim do ano para R$ 5,25 e R$ 5,20 em 2023. Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/04/01/dolar.ghtml Foto: REUTERS/Thomas White Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Share on LinkedIn Share Share on Digg Share